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Investir em adaptação à mudança do clima pode gerar retorno quatro vezes maior

Se o mundo investir US$1,8 trilhão ao longo da próxima década em iniciativas de adaptação à mudança do clima, o retorno dessa aplicação em termos de benefícios diretos e indiretos poderá ser quase quatro vezes maior para a economia global. Essa é a principal conclusão do relatório publicado pela Comissão Global sobre Adaptação, chefiada pelo ex-secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-moon, pelo fundador da Microsoft Bill Gates e pela CEO licenciada do Banco Mundial Kristalina Georgieva.

Especificamente, a análise aponta que a aplicação de US$ 1,8 trilhão em cinco áreas estratégicas para adaptação climática – sistemas de alerta antecipado, infraestrutura resiliente ao clima, melhoria da agricultura em terras secas, proteção de mananciais, e investimento em resiliência dos recursos hídricos – ao longo da década entre 2020 e 2030 pode gerar até US$ 7,1 trilhões em benefícios líquidos totais. Ainda de acordo com o relatório, essas áreas representam apenas uma porção do total de investimentos necessários e do total de benefícios disponíveis.

Assim, para a Comissão, a adaptação climática pode gerar um “dividendo triplo”: ela evita perdas futuras, gera ganhos econômicos positivos via inovação, e gera benefícios sociais e ambientais adicionais. Os benefícios podem ser ainda mais sensíveis para os grupos sociais mais vulneráveis aos efeitos da mudança do clima, geralmente negligenciados no processo decisório de adaptação.

PÁGINA 22. Investir em adaptação à mudança do clima pode gerar retorno de quatro vezes. Disponível em: https://pagina22.com.br/2019/09/10/investir-em-adaptacao-a-mudanca-do-clima-pode-gerar-retorno-de-quatro-vezes/. Acesso em: 13 maio 2024.

91% das empresas do Rio Grande do Sul estão estão debaixo d'água

As recentes enchentes que assolaram o estado do Rio Grande do Sul deixaram um rastro de destruição no setor industrial. De acordo com a Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), 91% das fábricas do estado estão debaixo d'água e prevê uma década perdida. Toda a atividade econômica do estado foi impactada pelas enchentes e os municípios atingidos correspondem a pelo menos 83% do recolhimento de ICMS, que é a principal fonte de arrecadação do estado. 

Os relatos dos empresários são de preocupação e incerteza. Muitos enfrentam dificuldades para calcular o tamanho do prejuízo e temem pela sobrevivência de seus negócios. A impossibilidade de retomar as operações normais devido à inundação das fábricas aumenta a apreensão.

Conheça algumas histórias

Esses são relatos de pessoas e de empresários.

Vídeos gerados por inteligência artificial.

Você achou que era só ficção?

Conheça histórias REAIS ouvindo os podcasts a seguir:

Inspire-se

É preciso se adaptar! E aqui você encontrará casos de adaptação realizados por empresas e outros tipos de organizações, além de soluções baseadas na natureza (SbN). Os áudios trazem provocações para refletirmos como cada caso poderia ser pensado no contexto empresarial. Se você desejar se aprofundar em como cada um foi implementado, navegue pelos links disponibilizados. Mas antes disso, vamos fazer um sobrevoo de como as empresas podem se adaptar às mudanças climáticas.

A rede Network for Business Sustainability (NBS) traz uma provocação que ajuda a compreender a adaptação das empresas às mudanças do clima. 

O tipo e o impacto das mudanças climáticas que as empresas enfrentam variam consideravelmente por setor e localização. Então, o que você pode fazer para proteger a sua empresa dos riscos climáticos? A resposta é aumentar a sua resiliência por meio da adaptação.

Mas o que seria isso?

Resiliência é um estado de ser. É quando um sistema tem a capacidade de absorver um choque, como eventos climáticos extremos decorrentes de mudanças climáticas. 

Pensando como empresa, por exemplo, o que aconteceria se rodovias fossem interditadas por conta de inundações e deslizamentos de terra e seus fornecedores não conseguissem entregar os insumos que você precisa? Se as suas operações fossem interrompidas por isso, a sua empresa não teria resiliência às mudanças climáticas. 

Mas se você usasse dados climáticos para prever esse tipo de interrupção, ou considerasse outros fornecedores que tenham planos alternativos em caso de eventos climáticos extremos, como o envio dos insumos por outros canais, nesse caso, seu negócio seria resiliente.

As mudanças climáticas trazem riscos aos negócios, e a adaptação, além de minimizá-los, pode trazer oportunidades. Essa avaliação torna as empresas mais preparadas e possivelmente geram vantagem competitiva.

ADAPTANDO A INFRAESTRUTURA ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS:
CONSTRUÇÕES RESILIENTES

Telhado branco, persianas solares e design bioclimático em prédio
O edifício do IMDEA, em Madrid, incorpora diferentes soluções de adaptação às alterações climáticas, que têm também efeito simultâneo de mitigação climática. Para isso, o edifício foi concebido de acordo com os critérios da arquitetura bioclimática, de forma a atingir baixas temperaturas interiores durante os períodos quentes e minimizar o efeito de ilha de calor urbano e o consumo de energia para refrigeração e iluminação. Isso foi feito utilizando fachadas retroventiladas com isolamento, materiais adequados para refletir a luz solar, entre outras. 

Medidas de adaptação às alterações climáticas também foram desenvolvidas no que diz respeito à gestão da água. Foram implementados sistemas de poupança de água e toda a água do telhado é captada para irrigação de áreas verdes ou para outros fins não especificados. A área verde que rodeia o edifício está coberta por árvores e plantas locais.

Além disso, todo o edifício IMDEA foi projetado e desenvolvido de acordo com as especificações Green Building (estabelecidas pelo US Green Building Council) e obteve a Certificação LEED Gold.
Construções resilientes a ciclones e ventos fortes
A ONU também traz maneiras de tornar construções resilientes a ciclones e ventos fortes. Prevê-se que ciclones e tempestades se tornem mais frequentes e fortes com as mudanças climáticas. Eles podem afetar as construções de várias maneiras, como derrubar telhados e danificar as estruturas e fundações. 

Para mitigar esses danos, o design do telhado também desempenha um papel importante.

Telhados com várias inclinações podem resistir bem a ventos fortes, e a instalação de poços centrais reduz a força do vento e a pressão no telhado, sugando o ar de fora. Os telhados também podem ser projetados para quebrar durante ventos fortes para evitar danos estruturais adicionais às partes essenciais da casa. Isso é chamado de arquitetura frangível ou abordagem de "planejamento para danos".

Segundo a ONU, há estimativas de que investir em infraestrutura resiliente pode economizar para a humanidade US$ 4,2 trilhões de dólares com os danos causados pelas mudanças climáticas.
Construções resilientes a secas
O relatório “Um Guia Prático para Construções e Comunidades Resilientes ao Clima” do PNUMA, mostra como edifícios e espaços comunitários podem ser construídos para aumentar a resiliência, especialmente em países em desenvolvimento. O relatório também demonstra como a combinação de soluções de ‘Infraestrutura cinza' com soluções 'verdes' baseadas na natureza pode ter resultados promissores.

Para o caso das secas, os sistemas de coleta e recarga de água da chuva que capturam água nos telhados dos edifícios são comumente usados para armazenar água durante a seca e reduzir o risco de inundações durante chuvas fortes. A água captada pode ser armazenada em tanques e utilizada no interior da construção durante os períodos de estiagem, utilizando cisternas, por exemplo.

Outra maneira baseada na natureza de lidar com secas e inundações é plantar vegetação ao redor dos edifícios, pois as raízes das plantas agem como esponjas para recarregar as águas subterrâneas e, durante chuvas fortes, as raízes permitem que a água penetre no solo e reduzem o risco de inundações.
Telhados verdes
Os telhados verdes (Solução Baseada na Natureza) são uma tecnologia de construção sustentável que envolve o cultivo de vegetação em cima de coberturas de edifícios. Eles oferecem uma série de benefícios em termos de adaptação às mudanças climáticas, incluindo a redução do efeito de ilha de calor urbano, a mitigação do escoamento de águas pluviais, a melhoria da qualidade do ar, e a redução da demanda por energia para aquecimento e refrigeração de edifícios.

A composição depende do objetivo principal da estrutura, podendo ser aplicadas diferentes tipologias combinadas em um único projeto. 

      - Telhados de retenção ou telhados verdes-azuis – para o armazenamento de água e a redução da velocidade de escoamento;
      - Fazendas urbanas em telhados – se o objetivo for o de cultivar alimentos;
      - Telhados verdes solares – quando combinados com sistemas de paineis solares;
      - Coberturas verdes térmicas – caso o foco seja a climatização passiva;
      - Coberturas verdes acessíveis – com a finalidade de criar de espaços de lazer e uso humano;
Ilhas de biodiversidade – quando auxiliam na sucessão de espécies vegetais e na criação de corredores ecológicos para reintrodução da fauna urbana.
Jardins de Chuva
Como uma resposta ecológica aos desafios das enchentes urbanas, os jardins de chuva estão se popularizando em Belo Horizonte. A Prefeitura da cidade alocou R$ 747.860,14 para a instalação desses sistemas. O projeto foi desenvolvido em colaboração entre as Secretarias Municipais de Política Urbana (SMPU) e de Obras e Infraestrutura (Smobi), juntamente com a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), e já resultou na implementação de 60 jardins de chuva. 

A iniciativa tem a principal função de ajudar a gerir as águas pluviais, criando reservatórios para o escoamento superficial que facilitam a infiltração no solo e contribuem para a recarga dos lençois freáticos. Com variados tamanhos, eles podem ir de simples canteiros a grandes parques. Além de reduzirem o risco de inundações e regular a temperatura ambiente, os jardins de chuva também embelezam o cenário urbano, requerendo pouca manutenção. Após estabelecidos, esses jardins podem absorver até 30% mais água do que gramados comuns.

Esses jardins são soluções baseadas na natureza (SBN), intervenções que utilizam a natureza para enfrentamento de desafios contemporâneos. A lista contém várias opções já elaboradas, como restauração de riachos, manguezais e áreas costeiras, telhados verdes, praças úmidas e alagados construídos, e dá espaço para as pessoas imaginarem novas soluções através da natureza. Como empresa, nós fazemos um convite para pensar em uma nova SBN e aplicar em um projeto. Descubra mais em: https://catalogo-sbn-oics.cgee.org.br/

ADAPTANDO PARA CUIDAR DE PESSOAS

Plano de Contingência para Ondas de Calor

O principal objetivo do Plano de Contingência para Ondas de Calor adotado por Portugal é prevenir os impactos adversos para a saúde decorrentes das temperaturas elevadas. Isto é conseguido através do fornecimento de informações relevantes às autoridades locais, permitindo-lhes realizar avaliações de risco e medidas corretivas adequadas para a população se adaptar.

Entre as principais ações previstos do Plano inclui-se:
     1. Alertas diários ao público em geral sobre o estado de perigo relacionado com temperaturas extremas e ondas de calor.
     2. Para cada nível de alerta são estabelecidas medidas de proteção específicas para reduzir possíveis impactos adversos à saúde;
   3. Foco especial em grupos populacionais vulneráveis. Diversas atividades de formação e comunicação dirigidas às populações vulneráveis ​​são definidas pelo Plano.

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Adaptar material do uniforme dos colaboradores

Pesquisadores de universidades chinesas criaram uma tecnologia de tecido chamado de “metafabric” que mantém o corpo do usuário mais frio do que com tecidos usuais. Isso pois o tecido é produzido com nanopartículas que refletem a maior parte da luz solar para longe, mantendo as pessoas mais seguras em face ao calor extremo. 

Em um dos experimentos de pesquisa realizado com simuladores de pele cobertos com o metafabric e comparado com outros tecidos, ao longo de um período de 4 horas, o simulador coberto por metafabric estava 5 e 6,8 graus Celsius mais frio do que aquele coberto com algodão e spandex, respectivamente, e 10,2 graus mais frio do que um simulador descoberto representando a pele nua.

No experimento final, os pesquisadores compararam a temperatura dentro de modelos de carros do tamanho de um brinquedo cobertos com o tipo de tecido encontrado em uma capa de veículo comercial ou com o metafabric. O resultado foi que o carro coberto com metafabric ficou 27 graus Celsius mais frio que o outro carro coberto.

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Apoio à saúde mental para populações inundadas

Em maio de 2023, choveu o equivalente a seis meses em 20 dias na Emilia-Romagna (Itália), resultando em inundações e deslizamentos de terra que causaram mortes, deslocaram mais de 30 mil pessoas, fecharam estradas, vias ferroviárias danificadas, margens de rios transbordadas e sistemas de esgotos sobrecarregados.

No âmbito deste esforço, foi organizado um serviço de apoio psicológico para apoiar as pessoas nas áreas afetadas. A ideia central por detrás destas diretrizes é que, na fase inicial de uma emergência, os apoios psicológicos e sociais são essenciais para proteger e apoiar a saúde mental e o bem-estar psicossocial.

A maioria das atividades foram realizadas no local do desastre, envolvendo as vítimas, grupos e organizações, com foco na escuta e na estabilização emocional. A atuação estendeu-se também a instituições, como os prefeitos dos municípios atingidos. 

Opções de adaptação para esse caso, como melhor explorado em exemplo anterior, são os sistemas de alerta precoce (SAR), elementos-chave da adaptação às alterações climáticas e da redução do risco de catástrofes, que visam evitar ou reduzir os danos causados ​​pelos perigos. 

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ADAPTAÇÕES DE GRANDE PORTE

Adaptação das normas de infraestruturas de transporte

Uma forma eficaz de aumentar a resiliência do transporte rodoviário é identificar, desenvolver ou rever e subsequentemente implementar normas de construção e design.

Para adaptar o pavimento rodoviário a temperaturas muito elevadas, um exemplo de medida seria aumentar a reflectância da superfície da estrada, através da utilização de elementos brilhantes e coloridos na estrada ou de revestimentos reflectores nas superfícies.

Possíveis respostas de adaptação para um aumento na frequência de precipitação intensa são a utilização de pavimentos permeáveis ou reservatórios para que a água seja armazenada na estrutura do pavimento e infiltrada no solo ou descarregada por um sistema de drenagem.

Esse é um exemplo da França, que revisou as normas de infraestrutura para transportes considerando futuras condições climáticas de modo a promover uma maior resiliência frente aos efeitos das alterações climáticas previstas até 2100. 

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Conservação e recuperação de ecossistemas naturais por Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza

O Movimento Viva Água Baía de Guanabara, idealizado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, é uma iniciativa coletiva que envolve o terceiro setor, além dos setores público e privado do estado do Rio de Janeiro. Este movimento é liderado pela Fundação, Firjan e Inea, e tem como foco a conservação e recuperação de ecossistemas naturais, bem como a transição para uma economia regenerativa. As ações do movimento incluem o apoio ao empreendedorismo de impacto socioambiental positivo e a criação de mecanismos inovadores de financiamento, com ênfase em Soluções Baseadas na Natureza (SbN) para garantir a segurança hídrica e a resiliência costeiro-marinha.

Para viabilizar essas ações, foi lançado o Fundo Viva Água, um fundo filantrópico privado com aporte inicial de R$ 1,5 milhão, destinado a estruturar um ecossistema financeiro de apoio a iniciativas e negócios na região. Além disso, o Lab Viva Água foi criado para buscar soluções inovadoras para a restauração ecológica, resultando em três iniciativas que receberam um total de R$ 800 mil em apoio.

Outra importante ação é o Natureza Empreendedora, um programa de aceleração que fortaleceu 25 negócios de impacto socioambiental positivo. O Consílio das Águas também faz parte do movimento, promovendo a cooperação entre pequenas e médias empresas. O Movimento Viva Água Baía de Guanabara conta ainda com a participação do Instituto Humanize, do Comitê de Bacia da Baía de Guanabara e do IDG, além de uma rede de impacto composta por mais 18 instituições. 

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Sustentabilidade Hedonística

O hedonismo, derivado da palavra grega "hedonê", que significa "prazer" ou "vontade", abrange uma variedade de teorias que enfatizam a importância do prazer. O hedonismo psicológico ou motivacional postula que o comportamento humano é impulsionado pelo desejo fundamental de maximizar o prazer e minimizar a dor. Nesse contexto, o prazer é considerado não apenas um aspecto simples da vida, mas o bem supremo, o princípio orientador e a base moral da existência de uma pessoa.

Basicamente,  o conceito de ‘Sustentabilidade Hedonística’ traz a ideia de que, quando se trata de adotar práticas sustentáveis, as pessoas não são mais obrigadas a fazer concessões, e pode juntar uma solução sustentável com o propósito de trazer prazer e entretenimento ao público. Considere por um momento a imagem que a palavra "sustentável" evoca atualmente: a ideia de que as pessoas estão, de alguma forma, fazendo concessões e tolerando sacrifícios em nome de uma causa maior. A Sustentabilidade Hedonística demonstra que a arquitetura e o design podem ser tanto comercialmente bem-sucedidos quanto ambientalmente benéficos.

Esse conceito foi desenvolvido pela primeira vez durante a construção do Banho do Porto de Copenhague. A demanda por um porto limpo e seguro e o acesso à água mostraram ser não apenas uma necessidade ambiental, mas também uma vantagem para a qualidade de vida geral dos residentes de Copenhague. Ele estende o parque adjacente sobre a água, incorporando as necessidades práticas e exigências de acessibilidade, segurança e flexibilidade programática. Em vez de imitar a tradicional piscina coberta dinamarquesa, o Harbour Bath oferece uma paisagem urbana de porto com docas secas, píeres, rampas para barcos, penhascos, playgrounds e pontões. Como uma paisagem em terraços, o Harbour Bath completa a transição da terra para a água, possibilitando que os cidadãos de Copenhague nadem no meio da cidade.

Um exemplo claro de sustentabilidade hedonista é uma cidade sustentável que oferece o melhor para o meio ambiente e prazer para seus cidadãos.

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Sementes Resilientes

Uma das medidas adaptativas utilizadas por diversas empresas do setor do agronegócio e da silvicultura é o desenvolvimento de sementes resilientes a climas extremos. Há o desenvolvimento de sementes com genes que permitem que as plantas absorvam e utilizem a água de forma mais eficiente. Ou variedades que podem tolerar períodos de inundação, com mecanismos de respiração que permitem que as plantas sobrevivam em ambientes com pouco oxigênio. Ou ainda sementes que podem suportar temperaturas elevadas e baixas, garantindo a produtividade mesmo em climas extremos.

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Adaptação da estratégia: Uso de dados climáticos para a prevenção

A emergência climática hoje, tornou os eventos extremos mais frequentes e imprevisíveis para as organizações. O que torna imprescindível que as empresas adaptem também suas estratégias para prever e enfrentar com maior resiliência essa questão.

A  IBM, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, elenca e explora estratégias de adaptação que as empresas devem fazer. Entre elas, destaca a importância de previsões meteorológicas com base em dados, a compreensão do impacto do clima no seu negócio, a proteção dos ativos e a garantia da continuidade dos negócios durante um evento climático severo e a descarbonização da pegada de carbono. Também aponta caminhos de como utilizar dados e análise geoespacial para minimizar os impactos comerciais para as organizações.

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Trilha de conhecimento

Esse é o caminho para entender as vantagens em adaptar, os modos de implementar medidas adaptativas, os principais conceitos sobre adaptação e ainda uma curadoria de filmes e outras artes para pensar sobre adaptação.

A adaptação às mudanças climáticas é uma necessidade, mas ela é também um mar aberto de oportunidades para as empresas. Que tal se aprofundar mais em como a adaptação pode ser um vetor de inovação e trazer vantagens para o seu negócio?

Inovação e oportunidades de negócio: pensar em um mundo nunca antes visto

Benefícios reputacionais: Construção de uma imagem positiva

Sabemos que o futuro das empresas precisa passar por um equilíbrio entre prosperar economicamente e promover impacto social e ambiental positivo. Nesse sentido, algumas empresas brasileiras já estão se destacando ao promover projetos e ações de sustentabilidade e provando como isso as ajuda a construir uma marca mais forte e atrativa, tanto para funcionários, investidores e clientes.

Percebeu alguma coisa em comum entre os dois exemplos? Mesmo com produtos, propostas de valor e indústrias muito diferentes, o que mais se vê são as ações de mitigação, em busca de reduzir as emissões de gases efeito estufa. No entanto, o mesmo poder de marca pode ser transmitido ao realizar ações de adaptação, com ainda mais pioneirismo. 

Segundo o IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, mesmo que a concentração de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera seja estabilizada por uma suspensão drástica da queima de combustíveis fósseis, e a quantidade de emissões futuras seja reduzida, o volume atual de GEE continuará aumentando a frequência e a intensidade dos eventos climáticos extremos. 

Como reduzir emissões já não é mais suficiente  para impedir um cenário de emergência climática, é necessário promover medidas de adaptação, para além das medidas de mitigação. Tendo em vista essa necessidade, o Governo Brasileiro criou, entre 2013 e 2016, o Plano Nacional de Adaptação à mudança da Clima, que sintetiza e orienta o conjunto de ações, estratégias e prioridades do governo junto à sociedade civil e ao setor privado. O objetivo é promover a gestão e redução dos riscos advindos da mudança do clima e aproveitar oportunidades. 

Já existem diversas plataformas, como o Adapta Clima (e outras), que buscam orientar sobre a necessidade de adaptação e a integração de diferentes setores na resolução do problema. Entretanto, persiste a crença de que a responsabilidade de adaptação é unicamente do Estado. A realidade das últimas catástrofes climáticas no Brasil indica o contrário: não há mais espaço para inércia. 

O setor privado será um dos mais afetados economicamente. O tipo e o impacto das mudanças climáticas que as empresas enfrentam variam consideravelmente conforme  localização e setor. Ter resiliência às mudanças climáticas significa estar preparado para os potenciais impactos e prever os riscos, que pode ser implementado com a adaptação das empresas. 

As medidas adaptativas podem ser feitas de diferentes modos: modificando as instalações com soluções baseadas na natureza (SbN) e infraestrutura cinza, reorganizando a cadeia logística e de suprimentos, protegendo os colaboradores a partir das condições de trabalho, locomoção, horários de expediente, etc. A adaptação, além de minimizar riscos, pode trazer oportunidades e retorno financeiro. Dessa forma, para além da atuação do poder público e individualmente, as empresas que antes adotarem medidas adaptativas a sua estratégia empresarial, estarão preparadas e em vantagem.Para apoiar as empresas neste processo, trazemos a seguir (poucas linhas sobre o Passo a Passo). E ainda conteúdos para inspirar e aprofundar o debate sobre adaptação.

Para apoiar as empresas neste processo, trazemos um passo a passo que engloba (i) Diagnóstico com insumos para formar o perfil geográfico e de setor, (ii) Plano de Adaptação com recursos e serviços para financiamento, e (iii) uma Ferramenta de Implementação robusta para download.

Passo a Passo

Agora que você percebeu que precisa se adaptar, está na hora de colocar a mão na massa. Bem-vindo à nossa seção de passo a passo!  Uma boa medida adaptativa precisa passar por três etapas, (i) diagnóstico, (ii) plano de adaptação e (iii) implementação.  

No (i) diagnóstico vamos te ajudar a identificar as principais vulnerabilidades climáticas da sua empresa, seja por setor ou geográfica. No (ii) plano de adaptação vamos te mostrar o que pode te ajudar na formação do seu plano, pensando nos recursos disponíveis, nos serviços que você pode contratar e na cidadania empresarial. Por fim,  na (iii) implementação você terá a oportunidade de construir as suas próprias medidas adaptativas com a ferramenta disponibilizada.

Diagnóstico

Um passo fundamental para iniciar a adaptação às mudanças climáticas é compreender a localização de sua empresa e identificar os principais riscos climáticos aos quais o estado onde sua empresa está localizada está exposto. 

Abaixo, você encontrará alguns mapas do Brasil destacando as regiões, as quais indicarão posteriormente os principais riscos de cada estado. O objetivo é que você identifique os riscos específicos do seu estado e, posteriormente, entenda os riscos inerentes ao seu setor na seção seguinte. Essas análises são essenciais para realizar um diagnóstico preciso da situação atual da sua empresa em relação aos riscos climáticos.


Selecione a sua região:

Norte

Nordeste

Centro-Oeste

Sudeste

Sul

Norte

Acre

Inundação fluvial: Durante a temporada de chuvas, o Acre está sujeito a inundações, especialmente nas áreas próximas aos rios Acre e Purus. As inundações podem causar danos às propriedades e interrupção das atividades econômicas. Além de em áreas com relevo acidentado, como nas regiões próximas à Serra do Divisor, deslizamentos de terra podem representar um risco durante períodos de chuvas intensas.
Estresse Hídrico: Embora não seja tão comum quanto em outros estados do Nordeste, o Acre pode enfrentar períodos de secas e estiagens, afetando a agricultura e o abastecimento de água em algumas regiões.
Incêndio Florestal: Devido à presença de florestas tropicais, o Acre está sujeito a queimadas e incêndios florestais, especialmente durante a temporada de seca. Esses eventos podem causar danos ambientais significativos.

Amapá

Inundação fluvial: Durante a temporada de chuvas, o Amapá está sujeito a inundações, especialmente nas áreas próximas aos rios Amazonas e seus afluentes. Essas inundações podem causar danos às propriedades e interromper atividades econômicas. Em áreas com relevo acidentado, como nas regiões próximas às serras do Tumucumaque e Parima, deslizamentos de terra também podem representar um risco significativo durante períodos de chuvas intensas.
Estresse Hídrico
:  Embora menos comuns, o Amapá pode enfrentar períodos de secas e estiagens, afetando a agricultura e o abastecimento de água em algumas regiões.
Incêndio Florestal: Devido à presença de florestas tropicais, o Amapá está sujeito a queimadas e incêndios florestais, especialmente durante a temporada de seca. Esses eventos podem causar danos ambientais significativos.

Amazonas

Incêndios Florestal: O desmatamento na Amazônia contribui para a vulnerabilidade da região a incêndios florestais, que são exacerbados pelas condições mais secas e quentes.
Mudanças no Regime de Chuvas: Alterações nos padrões de chuva podem afetar os ciclos hidrológicos, impactando rios e igarapés, com consequências para a biodiversidade e as comunidades locais que dependem desses recursos.
Perda de Biodiversidade: A mudança climática pode levar à perda de habitats e à extinção de espécies, afetando a rica biodiversidade da região.

Pará

Inundação fluvial: Durante a temporada de chuvas, o Pará está sujeito a inundações, especialmente nas áreas próximas aos rios Amazonas, Tocantins e seus afluentes. As inundações podem causar danos às propriedades e interromper atividades econômicas. Em regiões próximas à Serra do Cachimbo, deslizamentos de terra podem ocorrer durante períodos de chuvas intensas.
Estresse Hídrico: Embora menos comuns, o Pará pode enfrentar períodos de secas e estiagens, afetando a agricultura, o abastecimento de água e a vida das populações locais.
Incêndio Florestal: Devido à presença de florestas tropicais, o Pará está sujeito a queimadas e incêndios florestais, especialmente durante a temporada de seca. Esses eventos podem causar danos ambientais significativos.

Rondônia

Incêndio Florestal: Devido à expansão agrícola e à atividade madeireira, Rondônia enfrenta problemas significativos de desmatamento e incêndios florestais, que podem causar danos ambientais graves e contribuir para as mudanças climáticas.
Inundação fluvial:Entre novembro e março, Rondônia está sujeita a inundações, especialmente nas áreas próximas ao rio Madeira e seus afluentes. As inundações podem causar danos às propriedades e interromper atividades econômicas. Em regiões próximas à Serra dos Pacaás Novos, deslizamentos de terra podem ocorrer durante períodos de chuvas intensas.
Estresse Hídrico: Embora não seja tão comum quanto em outros estados do Nordeste, Rondônia pode enfrentar períodos de secas e estiagens, afetando a agricultura, o abastecimento de água e a vida das populações locais.
Ciclone Tropical: Rondônia possui temperaturas elevadas durante a maior parte do ano, o que pode contribuir para o estresse térmico e outros impactos na saúde humana e na agricultura.

Roraima

Incêndio Florestal: Devido à presença de extensas áreas de floresta amazônica, Roraima está sujeita a queimadas e incêndios florestais, especialmente durante a temporada de seca. Esses eventos podem causar danos ambientais significativos.
Inundação Fluvial: Durante a temporada de chuvas, Roraima está sujeita a inundações, especialmente nas áreas próximas aos rios Branco e Tacutu. As inundações podem causar danos às propriedades e interromper atividades econômicas. Em regiões próximas à Serra da Lua, deslizamentos de terra podem ocorrer durante períodos de chuvas intensas.
Estresse Hídrico: Embora menos comuns, Roraima pode enfrentar períodos de secas e estiagens, afetando a agricultura, o abastecimento de água e a vida das populações locais.

Tocantins

Estresse Hídrico: : O Tocantins está sujeito a períodos de secas e estiagens, que podem afetar a disponibilidade de água para a agricultura, o abastecimento humano e a vida das populações locais.
Inundação fluvial: Durante a temporada de chuvas, o Tocantins está sujeito a inundações, especialmente nas áreas próximas aos rios Tocantins, Araguaia e seus afluentes. As inundações podem causar danos às propriedades e interromper atividades econômicas.
Tempestades tropicais: Em regiões próximas à Serra Geral do Tocantins, deslizamentos de terra podem ocorrer durante períodos de chuvas intensas.
Calor extremo: O estado possui temperaturas elevadas durante a maior parte do ano, o que pode contribuir para o estresse térmico e outros impactos na saúde humana e na agricultura.
Incêndio Florestal: Devido à expansão agrícola e à atividade madeireira, o Tocantins enfrenta problemas significativos de desmatamento e incêndios florestais, que podem causar danos ambientais graves e contribuir para as mudanças climáticas.

Nordeste

Alagoas

Inundação costeira: Como estado costeiro, Alagoas é vulnerável à elevação do nível do mar, que pode causar erosão costeira e inundação de áreas baixas, afetando comunidades litorâneas e infraestrutura.
Secas prolongadas: O estado pode enfrentar secas mais frequentes e severas, especialmente no sertão, prejudicando a agricultura e o abastecimento de água.
Tempestades Tropicais: Alagoas pode sofrer com tempestades tropicais e chuvas intensas, levando a enchentes e deslizamentos de terra, especialmente em áreas urbanas e montanhosas.

Bahia

Estresse hídrico:  A região do semiárido baiano é particularmente vulnerável às secas prolongadas e ao processo de desertificação, que podem ser intensificados pelas mudanças climáticas.
Inundação fluvial: As áreas costeiras e regiões ribeirinhas podem sofrer com inundações devido a chuvas intensas e elevação do nível do mar.

Piauí

Estresse Hídrico: O Piauí é afetado por períodos de secas e estiagens, que podem ter impactos significativos na agricultura, nos recursos hídricos e no abastecimento de água para a população.
Inundação fluvial: Em algumas áreas do estado, especialmente nas regiões próximas a rios e córregos, podem ocorrer inundações e enchentes durante a estação chuvosa, causando danos às propriedades, infraestruturas e levando a deslizamentos de terra em áreas com declives acentuados.
Calor extremo:  O Piauí possui temperaturas elevadas durante a maior parte do ano, o que pode contribuir para o estresse térmico e outros impactos na saúde humana e na agricultura.

Ceará

Estresse Hídrico: O Ceará é conhecido por sua aridez e enfrenta frequentemente períodos de secas e estiagens, que afetam a agricultura, o abastecimento de água e a vida das populações locais.
Desertificação: Em algumas áreas do estado, principalmente no sertão, a desertificação é uma preocupação, causada pela degradação do solo e pela diminuição da cobertura vegetal.
Inundação Fluvial: Apesar da aridez geral, algumas regiões do Ceará, especialmente próximas aos rios e litoral, podem sofrer com inundações e enchentes durante períodos de chuvas intensas.
Inundação costeira: A costa cearense está sujeita à erosão costeira, que pode ser agravada pela elevação do nível do mar e por eventos climáticos extremos, como tempestades e furacões.
Calor extremo: O Ceará possui temperaturas elevadas durante a maior parte do ano, o que pode contribuir para o estresse térmico e outros impactos na saúde humana e na agricultura.

Maranhão

Inundações Fluviais: Devido à sua localização próxima ao litoral e à presença de grandes rios, como o Rio Parnaíba, o Maranhão está sujeito a inundações e enchentes, especialmente durante a estação chuvosa.
Tempestades tropicais: Em áreas com declives acentuados e solos menos estáveis, como nas regiões serranas, deslizamentos de terra podem representar um risco, especialmente durante períodos de chuvas intensas.
Estresse Hídrico: O Maranhão pode enfrentar períodos de secas e estiagens, afetando a disponibilidade de água para a agricultura e o abastecimento humano.
Inundação Costeira: Em áreas costeiras, a salinização do solo e da água doce representa um desafio significativo, especialmente devido à intrusão salina causada pela elevação do nível do mar. A erosão costeira é uma preocupação em algumas regiões litorâneas do Maranhão, agravada pela ação das marés e pela falta de vegetação protetora.

Rio Grande do Norte

Estresse Hídrico: O Rio Grande do Norte enfrenta períodos de secas e estiagens, que afetam a agricultura, o abastecimento de água e a vida das populações locais.
Inundação fluvial: Apesar da predominância de áreas semiáridas, algumas regiões do estado podem sofrer com inundações e enchentes durante períodos de chuvas intensas, especialmente em áreas próximas a rios e lagoas.
Inundação costeira: A costa do Rio Grande do Norte está sujeita à erosão costeira, que pode ser agravada pela elevação do nível do mar e por eventos climáticos extremos, como tempestades e furacões.
Calor extremo: O estado possui temperaturas elevadas durante a maior parte do ano, o que pode contribuir para o estresse térmico e outros impactos na saúde humana e na agricultura.
Desertificação: Em algumas áreas do estado, principalmente no interior, a desertificação é uma preocupação devido à degradação do solo e à diminuição da cobertura vegetal.

Paraiba

Estresse Hídrico: A Paraíba enfrenta períodos de secas e estiagens, que podem afetar a disponibilidade de água para a agricultura e o abastecimento humano.
Inundação fluvial: Em algumas áreas do estado, especialmente nas regiões próximas a rios e córregos, podem ocorrer inundações e enchentes durante a estação chuvosa.
Inundação costeira: A costa paraibana está sujeita à erosão costeira, que pode ser agravada por eventos climáticos extremos, como tempestades e aumento do nível do mar, além de gerar uma salinização do solo.  
Tempestades tropicais: Em áreas com declives acentuados e solos menos estáveis, como nas regiões serranas, deslizamentos de terra podem representar um risco, especialmente durante períodos de chuvas intensas.
Calor extremo: A Paraíba é conhecida por suas temperaturas elevadas, o que pode contribuir para o estresse térmico e outros impactos na saúde humana e na agricultura.

Sergipe

Estresse Hídrico: Sergipe está sujeito a períodos de secas e estiagens, que podem afetar a disponibilidade de água para a agricultura, o abastecimento humano e a vida das populações locais.
Inundação fluvial: Embora menos comuns, algumas regiões de Sergipe podem sofrer com inundações e enchentes durante períodos de chuvas intensas, especialmente em áreas próximas a rios e lagoas. Em áreas com relevo mais acidentado, como na região serrana, deslizamentos de terra também podem representar um risco significativo durante esses períodos.
Inundação costeira: A costa de Sergipe está sujeita à erosão costeira, que pode ser agravada pela elevação do nível do mar e por eventos climáticos extremos, como tempestades e furacões.
Calor extremo: O estado possui temperaturas elevadas durante a maior parte do ano, o que pode contribuir para o estresse térmico e outros impactos na saúde humana e na agricultura.

Pernambuco

Estresse Hídrico: Pernambuco é afetado por períodos de secas e estiagens, que podem ter impactos significativos na agricultura, nos recursos hídricos e no abastecimento de água para a população.
Inundação fluvial: Em algumas áreas do estado, especialmente nas regiões próximas a rios e córregos, podem ocorrer inundações e enchentes durante a estação chuvosa, causando danos às propriedades e infra estruturas e contribuindo para deslizamentos de terra em áreas com declives acentuados. 
Inundação costeira: A costa de Pernambuco está sujeita à erosão costeira, que pode ser agravada pelo aumento do nível do mar e por eventos climáticos extremos, como tempestades e furacões, além da salinização do solo e da água doce devido à intrusão salina causada pela elevação do nível do mar.
Calor extremo: Pernambuco possui temperaturas elevadas durante a maior parte do ano, o que pode contribuir para o estresse térmico e outros impactos na saúde humana e na agricultura.

Centro-Oeste

Mato Grosso

Incêndios Florestais: O Mato Grosso é conhecido pelo desmatamento de suas florestas, especialmente na Amazônia e no Cerrado. Isso torna a região mais suscetível a incêndios florestais, que podem ser exacerbados pela falta de chuvas e pelo clima seco.

Inundação fluvial: Durante a estação chuvosa, algumas áreas do Mato Grosso podem ser propensas a inundações e enchentes, especialmente em regiões ribeirinhas e de baixadas.

Estresse Hídrico: Áreas do estado podem enfrentar secas e estiagens, especialmente durante os períodos de El Niño, o que pode afetar a agricultura e a disponibilidade de água.

Mato Grosso do Sul

Crise Hídrica: O estado pode enfrentar períodos de secas e estiagens, afetando a disponibilidade de água para a agricultura e o abastecimento humano.

Inundação fluvial : Em contraste, durante a estação chuvosa, algumas áreas do estado podem ser propensas a inundações e enchentes, especialmente em regiões ribeirinhas e de baixadas. 

Chuvas intensas: Em áreas mais íngremes e com solos menos estáveis, como nas regiões de planalto, deslizamentos de terra podem representar uma ameaça, especialmente durante períodos de chuvas intensas.

Goiás

Desertificação e degradação do solo:  As mudanças climáticas podem acelerar a desertificação, especialmente em áreas já afetadas pela degradação do solo causada pela agricultura intensiva e desmatamento.

Estresse Hídrico:  Goiás depende de várias bacias hidrográficas para seu abastecimento de água. Mudanças nos padrões de precipitação podem comprometer esse fornecimento.

Distrito Federal

Estresse Hídrico: O Distrito Federal enfrenta sérios desafios de escassez de água, especialmente durante a seca. As mudanças climáticas podem piorar a situação, reduzindo a disponibilidade de água para consumo e irrigação.

Calor Extremo: A região pode sofrer com ondas de calor mais frequentes e intensas, afetando a saúde pública, principalmente de idosos e crianças.

Qualidade do Ar: Com o aumento das temperaturas e a falta de chuvas, a qualidade do ar pode piorar devido à maior concentração de poluentes e poeira, exacerbando problemas respiratórios.

Sudeste

Minas Gerais

Estresse hídrico: Algumas regiões de Minas Gerais podem sofrer com secas prolongadas, afetando a agricultura, principalmente a produção de café, e a disponibilidade de água.

Inundação Fluvial: O estado pode enfrentar chuvas intensas que levam a inundações e deslizamentos de terra, especialmente nas áreas montanhosas e urbanas.

São Paulo

Inundação Fluvial: A cidade de São Paulo e outras áreas urbanas são vulneráveis a inundações devido a chuvas intensas e à impermeabilização do solo.

Estresse Hídrico: O estado pode enfrentar secas prolongadas que afetam o abastecimento de água e a produção agrícola, especialmente nas regiões do interior.

Calor extremo: São Paulo pode experimentar ondas de calor mais frequentes, afetando a saúde pública e aumentando o consumo de energia para refrigeração.

Espírito Santo

Inundação Fluvial: O estado pode enfrentar chuvas intensas que resultam em inundações e deslizamentos de terra, especialmente em áreas urbanas e montanhosas.

Inundação Costeira: As áreas costeiras do Espírito Santo são vulneráveis à elevação do nível do mar, o que pode causar erosão e inundações costeiras.

Secas prolongadas: A redução na disponibilidade de água durante períodos secos pode afetar a agricultura e o abastecimento de água para a população.

Rio de Janeiro

Inundação Costeira: As áreas costeiras do Rio de Janeiro são particularmente vulneráveis à elevação do nível do mar, causando erosão e inundações costeiras.

Inundação Fluvial: Chuvas fortes podem causar enchentes e deslizamentos de terra, especialmente em áreas urbanas densamente povoadas e encostas.

Calor Extremo: O estado pode experimentar ondas de calor mais frequentes e intensas, afetando a saúde pública e aumentando a demanda por energia.

Sul

Paraná

Inundação Fluvial: Alguns municípios, especialmente aqueles próximos aos rios Paraná e Iguaçu, estão sujeitos a inundações durante a temporada de chuvas intensas. Em áreas montanhosas com solos instáveis, como na Serra do Mar, deslizamentos de terra podem representar um risco significativo nesses períodos.

Estresse Hídrico:  Embora não seja tão comum quanto em estados do Nordeste, o Paraná pode enfrentar períodos de secas e estiagens, afetando a agricultura e o abastecimento de água em algumas regiões.

Ciclone Tropical: O estado está sujeito a tempestades severas, com ventos fortes, granizo e chuvas intensas, que podem causar danos às propriedades e à infraestrutura.

Santa Catarina

Ciclone tropical: O estado está sujeito a tempestades severas com ventos fortes, granizo e chuvas intensas, que podem causar danos às propriedades e à infraestrutura, levando em alguns casos o deslizamento de terra em áreas montanhosas.

Inundação Fluvial: Devido à sua topografia variada e à presença de rios como o Itajaí-Açu e o Tubarão, Santa Catarina está sujeita a inundações, especialmente durante eventos de chuvas intensas.

Estresse Hídrico: Embora não seja tão comum quanto em outros estados, Santa Catarina pode enfrentar períodos de secas e estiagens, afetando a agricultura e o abastecimento de água em algumas regiões.

Inundação Costeira: A costa catarinense está sujeita à erosão costeira, que pode ser agravada pelo aumento do nível do mar e por eventos climáticos extremos, como tempestades e furacões.

Rio Grande do Sul

Inundação Fluvial: O Rio Grande do Sul está sujeito a inundações, especialmente ao longo das áreas ribeirinhas dos rios como o Uruguai, o Jacuí e o Guaíba, devido às chuvas intensas e ao transbordamento dos rios. 

Estresse hídrico: Assim como outros estados do Sul e do Nordeste, o Rio Grande do Sul pode enfrentar períodos de secas e estiagens, afetando a agricultura e o abastecimento de água em algumas regiões.

Ciclone Tropical: O estado está sujeito a tempestades severas com ventos fortes, granizo e chuvas intensas, que podem causar danos às propriedades e à infraestrutura.

Tempestades tropicais: Em áreas montanhosas com solos instáveis, como na Serra Gaúcha, deslizamentos de terra podem ocorrer durante períodos de chuvas intensas.

Riscos por Setor

É essencial considerar não apenas os riscos associados à localização geográfica da sua empresa, mas também os principais riscos que afetam seu setor devido às mudanças climáticas. Esta seção é dedicada a identificar esses riscos específicos ao seu setor.

O Plano Nacional de Adaptação, instituído em 10 de maio de 2016, abrange 11 setores de atuação definidos pelos órgãos competentes. Pensando nas necessidades empresariais, esses setores foram reformulados, e você pode explorá-los abaixo.

Energia
O setor de energia enfrenta diversos desafios em decorrência das mudanças climáticas. A variabilidade no regime de chuvas, o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, e as mudanças na temperatura global impactam significativamente a geração, transmissão e distribuição de energia. No Brasil, onde a matriz energética é majoritariamente hidrelétrica, a dependência de chuvas torna o setor especialmente vulnerável a períodos de seca e a alterações no ciclo hidrológico. Além disso, a infraestrutura de transmissão e distribuição é afetada por ventos fortes, tempestades e outras condições meteorológicas adversas, aumentando o risco de interrupções no fornecimento de energia.

Perigos/Eventos Climáticos

Impactos/Riscos para o Setor de Energia

Secas prolongadas

Redução na capacidade de geração das hidrelétricas, necessidade de acionar usinas termelétricas, aumento do custo de energia e emissões de GEE.

Chuvas intensas e inundações

Danos à infraestrutura de geração, transmissão e distribuição, riscos de deslizamentos de terra e enchentes que afetam subestações e linhas de transmissão.

Aumento da temperatura global

Maior demanda por energia para refrigeração, sobrecarga no sistema de distribuição, redução da eficiência das usinas térmicas e aumento da evaporação em reservatórios hidrelétricos.

Tempestasdes e ventos fortes

Quedas de árvores e postes, danos a linhas de transmissão e distribuição, interrupções no fornecimento de energia.

Eventos extremos de calor

Aumento da demanda por energia para refrigeração, sobrecarga no sistema de distribuição, risco de incêndios florestais que afetam linhas de transmissão.

Mudança nos padrões de vento

Impacto na geração de energia eólica, variação na disponibilidade e eficiência dos parques eólicos.

Intrusão salina e erosão costeira

Danos à infraestrutura em áreas costeiras, impacto nas usinas localizadas próximas ao litoral, riscos de corrosão e degradação de materiais.

Logística (Portos e Rodovias)
O setor de logística, especialmente focado em portos e rodovias, enfrenta desafios significativos devido às mudanças climáticas. Eventos climáticos extremos, como tempestades e inundações, podem causar danos à infraestrutura, interrompendo o transporte e aumentando os custos operacionais. A elevação do nível do mar representa uma ameaça particular para os portos, enquanto as variações extremas de temperatura e precipitação afetam as condições das rodovias, resultando em maior desgaste e necessidade de manutenção.

Perigos/Eventos Climáticos

Impactos/Riscos para o Setor de Logística

Tesmpestades e inundações

Danos à infraestrutura portuária e rodoviária, interrupções no transporte, atrasos na cadeia de suprimentos.

Elevação do nível do mar

Risco de inundação dos portos, necessidade de obras de adaptação, custos elevados para proteção costeira.

Ondas de calor

Deterioração acelerada do asfalto, aumento dos custos de manutenção das rodovias, riscos de incêndios florestais próximos às rodovias.

Chuvas intensas

Deslizamentos de terra, danos às estradas e pontes, interrupções no tráfego rodoviário.

Ventos fortes

Danos às estruturas portuárias, riscos de acidentes com contêineres, aumento dos custos operacionais para reparos.

Mudança na frequeência deeventos climáticos extremos

Necessidade de planejamento e investimento em infraestrutura resiliente, aumento dos custos operacionais e de seguros.

Alterações na temperatura média

Impacto na eficiência do transporte de mercadorias sensíveis à temperatura, necessidade de sistemas de refrigeração mais robustos.

Serviços
O setor de serviços, que inclui bancos, saúde, seguros, tecnologia da informação (TI), e acesso a serviços, enfrenta inúmeros desafios devido às mudanças climáticas. Esses desafios podem variar desde impactos diretos na infraestrutura e operações até efeitos indiretos sobre a saúde e segurança das populações que dependem desses serviços. A seguir, apresentamos uma tabela que resume os principais eventos/perigos climáticos e os respectivos riscos/impactos que esses eventos podem gerar no setor de serviços.

Perigos/Eventos Climáticos

Impactos/Riscos para o Setor de Serviços

Ondas de calor

Aumento da demanda por serviços de saúde, sobrecarga dos sistemas hospitalares, maior risco de falhas em sistemas de TI devido ao superaquecimento.

Tempestades e inundações

Danos à infraestrutura de TI, interrupções nos serviços bancários e de seguros, maior necessidade de seguros e aumentos nos prêmios devido ao aumento dos riscos.

Elevação do nível do mar

Riscos para instalações costeiras de serviços de TI e centros de dados, necessidade de realocação de infraestruturas críticas.

Mudança no padrão de doenças

Aumento das doenças transmitidas por vetores (como a dengue e a malária), maior demanda por serviços de saúde e seguros de saúde.

Aumento dos riscos de empréstimos bancários

A elevação dos riscos climáticos aumenta a probabilidade de inadimplência em empréstimos, pois eventos extremos podem danificar residências e propriedades, comprometendo a capacidade de pagamento dos mutuários.

Eventos extremos de frio

Aumento das demandas por serviços de aquecimento, impacto nos sistemas de transporte e acesso a serviços essenciais.

Agropercuária
O setor agropecuário enfrenta diversos desafios devido às mudanças climáticas, que impactam a produção, a produtividade e a sustentabilidade das atividades agrícolas e pecuárias. Alterações no regime de chuvas, aumento das temperaturas e eventos climáticos extremos são fatores críticos. A seguir, apresentamos uma tabela resumindo os principais eventos/perigos climáticos e os respectivos riscos/impactos que esses eventos podem gerar no setor agropecuário.

Perigos/Eventos Climáticos

Impactos/Riscos para o Setor de Agropercuária

Secas prolongadas

Redução da disponibilidade de água para irrigação, menor produtividade das culturas e pastagens, aumento dos custos de produção.

Chuvas intensas e inundações

Erosão do solo, perda de nutrientes, danos às plantações e infraestrutura agrícola, dificuldade no manejo do gado.

Aumento da temperatura média

Alteração no ciclo de crescimento das culturas, aumento da evapotranspiração, estresse térmico em animais, maior incidência de pragas e doenças.

Eventos climáticos extremos (geadas, tempestades)

Danos diretos às plantações e infraestrutura agrícola, perda de safras, necessidade de replantio, aumento dos custos de seguro agrícola.

Mudanças na distribuição de chuvas

Impacto na época de plantio e colheita, necessidade de adaptação das culturas e práticas de manejo, variabilidade na produtividade.

Aumento do nível de CO2

Alterações na fotossíntese das plantas, variação na qualidade nutricional das culturas, impacto na interação planta-praga, maior crescimento de algumas culturas C4.

Proliferação de patógenos e insetor-praga

Maior incidência de doenças nas plantas e no gado, necessidade de maior uso de defensivos agrícolas e medicamentos veterinários, aumento dos custos de produção.

Mineração
O setor de mineração confronta uma variedade de desafios ligados às mudanças climáticas que impactam diretamente suas operações. Alterações nos padrões de chuvas sendo um dos fatores que possui o maior risco para o setor, gerando deslizamentos e aumentando o risco de rompimentos de barragens. Abaixo, apresentamos uma tabela que condensa os principais eventos e perigos climáticos e os respectivos riscos e impactos que esses eventos podem causar no setor de mineração.

Perigos/Eventos Climáticos

Impactos/Riscos para o Setor de Mineração

Inundações

Podem danificar equipamentos e infraestrutura, além de aumentar o risco de acidentes por deslizamentos e rompimentos de barragens.

Secas

Em processos que dependem de grandes quantidades de água, secas podem levar à necessidade de fontes alternativas de água, aumentando os custos operacionais.

Temperaturas extremas

Temperaturas muito altas ou muito baixas podem afetar a saúde e a segurança dos trabalhadores, além de influenciar a eficiência dos equipamentos e processos.

Tempestades

Em áreas de mineração, especialmente em regiões montanhosas, os deslizamentos são um risco considerável, agravados por chuvas intensas.

Alterações no regime de precipitação

Mudanças nos padrões de chuva podem afetar a gestão de recursos hídricos nas minas, com impactos diretos na gestão de resíduos e estabilidade de barragens de rejeitos.

Mudança na frequência de eventos climáticos extremos

Aumento na frequência de chuvas e tempestades pode acelerar processos de erosão e sedimentação, afetando a qualidade da água e exigindo medidas adicionais de controle e tratamento.

Saneamento
O setor de saneamento enfrenta desafios significativos devido às mudanças climáticas. Eventos climáticos extremos, como tempestades e inundações, podem gerar complexidades no abastecimento de água, potencialmente interrompendo-o, e coloca em risco a contaminação de outros corpos d'água.

Perigos/Eventos Climáticos

Impactos/Riscos para o Setor de Saneamento

Secas prolongadas

Pressiona os sistemas de abastecimento de água, exigindo gestão eficiente dos recursos hídricos e exige investimento em tecnologias de reciclagem e reuso de água para gerir uma alta variabilidade de demanda.

Chuvas intensas e inundações

As inundações podem sobrecarregar sistemas de drenagem e tratamento de esgoto, levando à contaminação de águas superficiais e subterrâneas. Além disso, o excesso de água pode danificar infraestruturas críticas.

Ondas de calor

Elevam a temperatura da água, o que pode afetar a eficácia dos processos de tratamento biológico em estações de tratamento de esgoto, além de aumentar a demanda por água potável.

Aumento do nível do mar

Ameaça infraestruturas de saneamento localizadas em áreas costeiras, que podem enfrentar riscos de inundação salina e erosão.

Mudança nos padrões de precipitação

Podem exigir ajustes nos sistemas de captação e armazenamento de água, além de impactar a eficiência dos sistemas de tratamento de esgoto.

Construção Civil
O setor da construção civil enfrenta desafios significativos devido às mudanças climáticas, sendo um dos riscos mais críticos as inundações. Este evento climático extremo pode não só atrasar significativamente os cronogramas de construção devido a interrupções no decorrer de projetos, mas também comprometer a integridade estrutural de edificações existentes, resultando em custos elevados com reparos.

Perigos/Eventos Climáticos

Impactos/Riscos para o Setor de Const. Civil

Secas prolongadas

A falta de água pode limitar a disponibilidade de um recurso essencial para a mistura de concreto e outros usos na construção, além de impactar a viabilidade de projetos de construção em áreas com escassez hídrica.

Chuvas intensas e inundações

Danos diretos a estruturas em construção ou já edificadas. Além disso, podem atrasar projetos em andamento, aumentar os custos com reparos e reforços estruturais.

Ondas de calor

Afetam a saúde dos trabalhadores, reduzindo a produtividade, mas também influenciam a cura do concreto e outros processos de construção que dependem de condições climáticas específicas.

Aumento do nível do mar

Risco particular para construções costeiras, não apenas devido à erosão causada pela água salgada, mas também pelo potencial de inundações que podem comprometer a integridade das estruturas ao longo do tempo..

Mudanças na frequência de eventos climáticos extremos

Aumento da necessidade de planejamento e investimento em infraestrutura resiliente, além de aumentos de custos para implementar projetos e de seguros para infraestruturas.

Alterações na temperatura média

Impacto na eficiência do transporte de mercadorias sensíveis à temperatura, necessidade de sistemas de refrigeração mais robustos.

Plano de Adaptação

Agora que você já identificou suas vulnerabilidades, está na hora de entender o que é adaptação na prática. Antes de montar o seu próprio plano navegue abaixo por nosso material e aprenda um pouco mais sobre os recursos e serviços disponíveis.

Recursos (Linhas de crédito e fundos de investimento)

BNDES - O Programa Fundo Clima:
Apoiar a implantação de empreendimentos, a aquisição de máquinas e equipamentos e o desenvolvimento tecnológico relacionados à redução de emissões de gases do efeito estufa e à adaptação às mudanças do clima e aos seus efeitos. 

UN Foundation:
Foca em catalisar mudanças ao concentrar-se nas interseções entre mudanças climáticas e questões e setores críticos específicos, ampliando assim a comunidade de partes interessadas e fornecendo as ferramentas, entendimento e motivação necessários para enfrentar a crise climática e navegar por seus impactos.

Green Climate Fund:
Maior fundo climático do mundo, com o mandato de apoiar os países em desenvolvimento a elevar e realizar suas ambições de Contribuições Determinadas Nacionalmente (NDC, na sigla em inglês) em direção a caminhos de baixas emissões e resilientes ao clima. Até 31 de julho de 2023, o GCF havia aprovado 103 propostas de planejamento de adaptação de países emergentes.  

LEED - incentivos fiscais
Desde 2015, Salvador passou a ser a primeira cidade no Brasil a conceder benefícios fiscais a empreendimentos sustentáveis. O IPTU Verde, para Certificação LEED ou GBC Casa & Condomínio nos níveis prata, ouro ou platina, garantem descontos de 10% no IPTU e 40% da outorga onerosa. Já a Certificação LEED ou GBC Casa & Condomínio nível básico, garante descontos de 7% no IPTU e 30% da outorga onerosa.
Já o IPTU Amarelo, destinado exclusivamente para residências unifamiliares ou condomínios de casas, lançado no final de 2018, incentiva a implantação de sistemas de geração de energia solar fotovoltaica pelos proprietários. O benefício fiscal possibilita descontos sobre o valor anual do IPTU, que variam entre 5%, 7% e 10% de acordo com a produção e o consumo de energia solar (respectivamente 50%, 70% e 90% de geração de energia solar fotovoltaica, em relação ao total consumido). 

Plano Safra 23/24
Trouxe incentivos para a adoção de práticas sustentáveis na agricultura, seguindo uma tendência mundial. Produtores que adotam medidas mais sustentáveis, como o uso de insumos biológicos, receberão um desconto de meio por cento nos juros de custeio.  

Associações para se afiliar e causas para apoiar

Educação climática: assine uma petição para incluir educação climática e ambiental no curriculo escolar 


CEBDS: Ao se tornar uma associada do CEBDS, sua empresa ingressará em uma iniciativa de vanguarda e terá a oportunidade de contribuir diretamente no enfrentamento dos principais desafios da sociedade e colaborar com a preservação da vida na terra.


Carbon Disclosure Project (CDP) Organização internacional sem fins lucrativos que motiva empresas e cidades a divulgarem seus impactos ambientais, fornecendo um banco de dados reportados voluntariamente.Possui seções específicas sobre adaptação a mudança do clima no seu questionário de Mudanças Climáticas de 2016 (CC5. Riscos das Mudanças Climáticas e CC6. Oportunidades das Mudanças Climáticas), gerando um banco de dados corporativos sobre o tema.


Câmara Temática de Energia e Mudanças do Clima (CTClima) - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) Associação civil sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento sustentável nas empresas que atuam no Brasil.Auxilia as empresas membro a aproveitarem novas oportunidades de mercado e minimizar seus riscos advindos da mudança do clima através de estudos e capacitações.


Fórum Clima - Instituto Ethos : Grupo de trabalho com o objetivo de acompanhar os compromissos das empresas e realizar um diálogo entre o governo e o setor empresarial sobre políticas de enfrentamento das mudanças climáticas.Incluiu o tema de adaptação nas Cartas Abertas ao Brasil (2009 e 2015), enviada ao governo federal, e no Observatório de Políticas Públicas de Mudanças Climáticas, visando reforçar o papel das empresas como protagonistas no diálogo sobre políticas públicas do tema.


Grupo de Trabalho de Energia e Clima - Rede Brasileira do Pacto Global Iniciativa desenvolvida pelo ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial internacional para a adoção, em suas práticas de negócios, de valores fundamentais e internacionalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.Discute adaptação, entre outros temas, com as empresas membro da Rede brasileira, tendo produzido o Caderno do Pacto-Clima, que inclui casos de empresas brasileiras que desenvolveram ações de adaptação à mudança do clima.


Plataforma Empresas pelo Clima (EPC) – Centro de Estudos de Sustentabilidade da FGV-EAESP (GVces) Plataforma empresarial permanente, cujo objetivo é mobilizar, sensibilizar e articular lideranças empresariais para a gestão e redução das emissões de GEE, a gestão de riscos climáticos e a proposição de políticas públicas e incentivos positivos no contexto das mudanças climáticas.Produziu o Framework e Ferramenta para a Elaboração de Agendas Empresariais de Adaptação às Mudanças do Clima e auxilia empresas membro no desenvolvimento de projetos piloto em adaptação à mudança do clima; contribuiu com o Plano Nacional de Adaptação (PNA).


Rede Clima da Indústria BrasileiraConfederação Nacional da Indústria (CNI) Rede que discute com os setores da indústria de transformação, construção civil e extrativa mineral, questões relacionadas à mitigação e adaptação à mudança do clima.Promoveu discussões sobre adaptação, inovação e economia de baixo carbono com suas empresas membro na 4ª edição do Encontros CNI Sustentabilidade (2015).


Iniciativas Empresariais em Clima (IEC) São uma rede formada por representantes de organizações que reúnem empresas com atuação na questão das mudanças climáticas: a CT Clima, do CEBDS; a EPC, do GVces; o Fórum Clima, do Ethos; o GT de Energia e Clima, da Rede Brasileira do Pacto Global; e a Rede Clima da Indústria Brasileira, da CNI.Seus principais objetivos são: alinhar temas e agendas de cada iniciativa, buscando sinergias e propondo ações conjuntas que possam contribuir para o Brasil rumo a uma economia de baixo carbono; reunir as informações e conteúdos produzidos por cada iniciativa e promover seu intercâmbio, otimizando recursos, qualificando as ações e potencializando a atuação empresarial frente às mudanças climáticas; fortalecer o posicionamento desse grupo de empresas no diálogo com o governo, com base em uma agenda propositiva.

Implementação

Agora que você já sabe o que é adaptação, sua importância, benefícios e se inspirou com exemplos, deve estar se perguntando como organizar sua empresa para implementá-la. Não vamos soltar sua mão agora. 

Na ferramenta disponibilizada para download, você encontrará uma metodologia completa de plano de implementação para adaptação. Reúna uma equipe responsável, e se prepare para montar um plano.

Sobre a ferramenta:
A ferramenta e metodologia foi desenvolvida pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV (Centro de Estudos em Sustentabilidade (FGVces) | FGV EAESP) que acompanhou de perto a produção desse site, e pela plataforma Empresas pelo Clima (EPC), apoiados por parcerias como o Ministério do Meio Ambiente e o Governo Federal. Nessa versão, a equipe do FIS 28 fez atualizações para a versão 3.0, que passou por revisão da equipe de educadores de todo esse projeto, que fazem parte do FGVces. 

Além de utilizar a ferramenta, não se esqueça de pensar em comunicação e monitoramento. Para comunicação é preciso  definir os públicos alvos e os meios de formato adequados às suas medidas. Lembre-se de documentar não apenas os casos de sucesso mas também desafios e dificuldades no seu processo de adaptação. Um plano de adaptação não pode ser uma ação única, é preciso estar em constante articulação com os parceiros envolvidos na implementação do plano e acompanhar frequentemente o registro de status da cada ação e dos recursos financeiros ao longo do processo. Prepare-se para adequar o plano caso necessário. Para saber mais acesse o AdaptaClima. 

Com as etapas detalhadas na Ferramenta, as empresas poderão compreender melhor quais impactos das mudanças climáticas são materiais para o seu negócio e quais são os riscos e oportunidades que estes representam. O resultado, ao seguir os passos, é a elaboração de um plano de adaptação robusto, como parte da estratégia empresarial.

Como preencher:
A ferramenta é autopreenchível, portanto é a parte de mão na massa. Mas conforme evolução das etapas, muitas células são vinculadas, otimizando o preenchimento das informações. 

Quais são as etapas?
1.  OBJETIVO E ESCOPO DA ESTRATÉGIA DE ADAPTAÇÃO
2.   ANÁLISE RETROSPECTIVA DO CLIMA
3.   ANÁLISE PROSPECTIVA DO CLIMA
4.  MAPEAMENTO DE POTENCIAIS IMPACTOS - Utilizando critérios de apoio para determinar a magnitude e probabilidade do impacto, disponibilizados na ferramenta.
5.   AVALIAÇÃO DE RISCOS E OPORTUNIDADES - Resultando em uma matriz de risco e oportunidade
6.   IDENTIFICAÇÃO E SELEÇÃO DE OPÇÕES DE ADAPTAÇÃO
7.   APOIO PARA ANÁLISE DE CUSTOS
8.   PLANO DE ADAPTAÇÃO
9.   ESTRATÉGIA DE ARTICULAÇÃO DE ACORDOS, PARCERIAS E RECURSOS
10. MONITORAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO
11. AVALIAÇÃO E AJUSTES DAS MEDIDAS DE ADAPTAÇÃO
12. PLANO DE COMUNICAÇÃO DE PROCESSOS E RESULTADOS

Além de glossário, orientações adicionais e bibliografia.

Clique para fazer o download da Ferramenta!

Curadoria

O filme é uma adaptação dos livros de Frank Herbert, o qual buscava retratar um romance de ficção-científica ecológico. A história se passa em um futuro distante, onde as grandes casas nobres do Império Galáctico disputam o controle do planeta desértico Arrakis, também conhecido como Duna. Este é o único lugar onde é encontrada a especiaria melange, uma substância altamente valiosa e essencial para a navegação interestelar, além de ter propriedades psicoativas que ampliam a consciência.

No filme encontramos uma forma de adaptação muito interessante desenvolvida pelos nativos de Arrakis, os Fremen, que são as “stillsuits”. Essas vestimentas são isolantes e possibilitam a reciclagem das excrescências, otimizando o recurso. 

Em "Wall-E", um filme de animação da Pixar lançado em 2008, a Terra está desolada e abandonada devido à poluição e à superpopulação, forçando os humanos a evacuarem o planeta. A única criatura que permanece é Wall-E, um pequeno robô compactador de lixo, cuja única tarefa é limpar o planeta.

"O Dia Depois de Amanhã" é um filme de desastre dirigido por Roland Emmerich, lançado em 2004. A trama se desenrola em um futuro próximo, onde mudanças climáticas drásticas desencadeiam uma série de eventos catastróficos em todo o mundo.

O filme acompanha a história de Jack Hall, um climatologista interpretado por Dennis Quaid, que prevê a ocorrência de um fenômeno climático extremo devido ao aquecimento global. Suas previsões são inicialmente ignoradas, mas logo se tornam realidade quando uma série de tempestades violentas atinge várias regiões do mundo, incluindo tornados em Los Angeles e uma onda de frio intenso em Nova York.

Museu do Amanhã (Rio de Janeiro)

Utopia como forma de inspiração e pensar, Conscientização / contextualização e Impacto das mudanças climáticas.

Dirigido pelo cineasta sul-coreano Bong Joon-ho e estreado em 2017, Okha conta a história de Mija que possui uma forte relação com um superporco geneticamente modificado chamado Okja. O tema retrata temas como o relacionamento entre humanos e animais, a exploração corporativa, grupos ativistas pelos direitos dos animais, a ética da indústria alimentícia e a busca por pertencimento.

Algumas espécies de flores, típicas da Holanda, se fecham à noite para se proteger e economizar energia. É um mecanismo altamente evoluído que mostra que, enquanto o mundo “humano" tende a ter uma forma estática e presa, o mundo natural está em constante mudança e adaptação.

A obra formada por camadas finas de seda que abre e fecha é um trabalho longo de 5 anos em busca de mimetizar as flores. A obra trata sobre a relação natureza, tecnologia e mundo humano. O que podemos aprender uns com os outros?

A franquia "Mad Max" é uma série de filmes de ação pós-apocalípticos que seguem as aventuras do protagonista Max Rockatansky em um mundo desolado e distópico. Os filmes exploram temas como sobrevivência, vingança e redenção, enquanto Max enfrenta gangues violentas e luta pela justiça em um cenário de caos e destruição. Com cenas de ação intensas e visuais impressionantes, a série cativa o público com sua atmosfera única e personagens memoráveis.

O retorno da técnica milenar chinesa que resfria os ambientes em até 5 graus sem o uso de energia. O pátio interno, ou tiān jǐng (天井, em mandarim – literalmente, “poço para o céu”), é uma característica típica das casas tradicionais do sul e do leste da China. Os pátios internos foram idealizados para resfriar as construções em uma era muito anterior à invenção do ar-condicionado.

A “sabedoria verde” dos antigos, que inclui os pátios internos, continua a inspirar a adaptação dos projetos arquitetônicos ao clima atual e às inovações do setor de refrigeração passiva, segundo Wang Zhengfeng, pesquisadora em pós-doutorado de ciências humanas ambientais do Instituto de Estudos de Área da Universidade de Leiden, na Holanda.

"Nausicaä do Vale do Vento" se passa em um mundo pós-apocalíptico onde a civilização humana foi devastada por um evento catastrófico conhecido como "Os Sete Dias de Fogo", que deixou o mundo coberto por uma floresta tóxica e habitado por criaturas mutantes. Nesse ambiente hostil, a princesa Nausicaä, do Vale do Vento, emerge como uma líder corajosa e compassiva. Ela tem uma habilidade única de se comunicar com as criaturas tóxicas, conhecidas como Ohmu. É uma história épica de aventura, amizade e resiliência, com temas ecológicos e filosóficos profundamente enraizados

MOVA-SE! CLIMA E DESLOCAMENTOS
Local: Museu da Imigração

A exposição apresenta uma compreensão geral sobre a relação entre as mudanças climáticas e a mobilidade humana, destacando as diferentes maneiras de se lidar com fenômenos tão complexos, através da arte, agentes sociais e ciência. A decisão da imigração é decorrente de uma interação complexa com fatores políticos, econômicos, demográficos, sociais e ambientais. Na migração decorrente das mudanças climáticas, os elementos ambientais modificados pela atividade humana são importantes na escolha de mudar o local de residência. 

Além de mostrar a incrível variedade de vida na Terra, "Nosso Planeta" também aborda as ameaças enfrentadas pela biodiversidade devido às mudanças climáticas, à perda de habitat, à poluição e à atividade humana. O documentário visa conscientizar o público sobre a importância da conservação ambiental e da proteção dos recursos naturais para garantir um futuro sustentável para o nosso planeta. 

Algumas espécies de flores típicas da Holanda se fecham à noite para se proteger e economizar energia. É um mecanismo altamente evoluído que mostra que, enquanto o mundo humano tende a ter uma forma estática e presa, o mundo natural está em constante mudança e adaptação. A obra formada por camadas finas de seda que abre e fecha é um trabalho longo de 5 anos do grupo artístico holandês Studio Drift em busca de mimetizar as flores. Natureza, tecnologia e mundo humano: O que podemos aprender uns com os outros?

Teto que esquenta na favela e ar-condicionado no bairro rico: desigualdade sob calor extremo

O calor extremo afeta todos da mesma maneira? Além da diferença entre a temperatura marcada pelos termômetros, a sensação térmica pode variar muito conforme as condições de moradia, áreas de sombra, número de prédios e arborização dos diferentes bairros, afirmam especialistas. O nome disso? Justiça climática.

Podcast “Ansiedade Climática”

As alterações do clima são nítidas especialmente por conta dos eventos extremos, como enchentes e furacões. Ninguém pode afirmar que a saúde do planeta não vem afetando a nossa saúde física, mas indo mais além: como isso afeta a nossa saúde mental? Entenda mais sobre o conceito de Ansiedade Climática nesse episódio com a Prof(a) Ana Lizete Farias, doutora em Psicanálise e Meio Ambiente.

Glossário

Resiliência Climática

Resiliência - A habilidade de um sistema e suas partes componentes de antecipar, absorver, acomodar ou se recuperar dos efeitos de um evento de risco de maneira tempestiva e eficiente, garantindo a preservação, restauração ou melhoria de suas estruturas básicas e funções essenciais ((IPCC SREX, 2007), tradução livre).

Resiliência Climática - Capacidade social, econômica e dos ecossistemas para lidar com um evento perigoso, tendência ou distúrbio. Feito por meio da resposta e reorganização de maneira a manter sua função, identidade e estrutura essenciais, assim como a biodiversidade no caso de ecossistemas, mantendo também a capacidade de adaptação, aprendizado e transformação”.

Solução Baseada na Natureza

Soluções Baseadas na Natureza (SbN) definem-se como um conceito constituído por medidas inspiradas, apoiadas ou copiadas da natureza e que visam atender simultaneamente objetivos ambientais, sociais e econômicos. É um termo guarda-chuva, criado pela União Europeia, que contempla soluções de engenharia, que mimetizam os processos naturais (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística). dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Infraestrutura Cinza

A infraestrutura cinza refere-se a elementos construídos pelo homem, como edifícios, estradas, calçadas e sistemas de drenagem convencionais. Ao contrário da infraestrutura verde, que incorpora elementos naturais como árvores e vegetação, a infraestrutura cinza é composta por materiais como concreto, asfalto e aço. Embora a infraestrutura cinza seja uma parte essencial do ambiente urbano, seu impacto negativo no aumento da temperatura das cidades tornou-se evidente (Edifica Consultoria).

Estresse Hídrico

Cenário no qual, em uma determinada região, a demanda por água é maior do que a sua disponibilidade e capacidade de renovação. Neste tipo de situação a quantidade de água disponível é insuficiente para atender às necessidades de uso. Um país é considerado em situação de estresse hídrico quando a disponibilidade hídrica é inferior a 1.700 m3 per capita ao ano (ONU).

Ansiedade Climática

Medo crônico de sofrer um cataclismo ambiental que ocorre ao observar o impacto das mudanças climáticas gerando uma preocupação associada ao futuro de si mesmo e das gerações futuras (Associação Americana de Psicologia).

Inundação Fluvial

Quando há uma grande precipitação, causando o transbordamento de rios e lagos (Wikipédia).

Ciclones Tropicais

São também conhecidos como furacões ou tufões e costumam ser mais intensos e devastadores. Seu núcleo ou centro de baixa pressão, é quente, muito profundo e se estende da superfície até as camadas mais superiores da atmosfera. Os ciclones tropicais se formam entre as latitudes de 20° ao sul e 20° ao norte do globo terrestre e nunca estão associados a uma frente fria. Os ciclones tropicais atuam em regiões equatoriais sobre os oceanos e retiram energia do calor do mar (Instituto Nacional de Meteorologia).

Adaptação

Todas as características que adequam os seus possuidores a algo, geralmente, são ditas adaptativas e permitem que os seres vivos desenvolvam uma certa harmonia com o ambiente, ajustando-se, assim, para a sua sobrevivência num determinado local (Wikipedia).

Mitigação

Em meio-ambiente, consiste em intervenções visando reduzir ou remediar os impactos ambientais nocivos da atividade humana. Também se refere ao ato de suavizar os efeitos de um evento (Wikipedia).

Justiça Climática

O conceito vem da premissa incontestável de que os impactos das mudanças climáticas não são democráticos (Andreia Louback).

Tempestades Tropicais

As tempestades tropicais são sistemas meteorológicos de baixa pressão nos quais os ventos giram em torno de um eixo central em uma circulação fechada. Essas tempestades geralmente se caracterizam por chuvas torrenciais e ventos fortes, cuja intensidade e capacidade de destruição variam principalmente de acordo com a temperatura da água e a umidade do ar onde as tempestades se desenvolvem. (Enciclopédia Humanidades)

Vulnerabilidade Climática

A vulnerabilidade climática refere-se ao grau em que um sistema, comunidade ou indivíduo está suscetível e incapaz de lidar com os efeitos adversos das mudanças climáticas, incluindo a variabilidade climática e eventos extremos. Essa vulnerabilidade é determinada por uma combinação de fatores, como exposição, sensibilidade e capacidade de adaptação.

Infraestrutura Verde e Azul

Infraestrutura Verde e Azul Urbana (GBI) é uma solução socioambiental que utiliza elementos naturais interconectados em uma rede multifuncional de vegetação e corpos d'água nas cidades e áreas circundantes. Ela integra o ambiente construído e habitats naturais, fornecendo serviços ecológicos ou ecossistêmicos (Tabela 2) que apoiam e aprimoram as atividades urbanas. Ao mesmo tempo, esses sistemas interconectados – como parques, cinturões e corredores verdes, árvores nas ruas, lagos, riachos e áreas úmidas – ajudam a proteger a biodiversidade, e mitigar e se adaptar aos impactos das mudanças climáticas, como tempestades, inundações e secas. (Veja mais: https://repositorio.fgv.br/server/api/core/bitstreams/91615961-5eee-4b0c-acce-50bf910e9d96/content)

Racismo Ambiental

Extremamente relacionado com a justiça climática, o racismo ambiental se configura como uma exposição desigual de algumas populações aos impactos e riscos socioambientais, tendo como justificativa a localização (Andreia Louback).

O racismo ambiental é um termo utilizado para se referir ao processo de discriminação que populações periferizadas ou compostas de minorias étnicas sofrem através da degradação ambiental. A expressão denuncia que a distribuição dos impactos ambientais não se dá de forma igual entre a população, sendo a parcela marginalizada e historicamente invisibilizada a mais afetada pela poluição e degradação ambiental. Por exemplo, em países como o Brasil, não se trata de uma coincidência que as populações negras, por exemplo, sejam as mais afetadas pelos danos ambientais. Devido ao seu passado colonial, com estruturas sociais baseadas na escravização de pessoas negras, estas passaram a ser invisibilizadas, o processo de alforria foi realizado sem nenhum tipo de reparação dos danos causados pela escravidão ou integração dos libertos. (Jornal da USP).

Esse termo revela como questões ambientais extrapolam o âmbito ecológico e já começam a afetar o social.

Risco Climático

Possibilidade de ocorrer consequências negativas para os sistemas humanos e naturais em decorrência de eventos climáticos. O risco normalmente se refere aos possíveis impactos das mudanças do clima assim como às respostas humanas a essas mudanças, tendo-se como fatores de risco, a ameaça, a exposição e a vulnerabilidade. Importante ressaltar que o risco se diferencia da ameaça climática, pois, está associado à possibilidade da ocorrência de danos, enquanto a ameaça associa-se à possibilidade da ocorrência de um evento físico que possa ocasionar tais danos. (CETESB, 2022, p.15).

Ilhas de Calor

Basicamente, “uma ilha de calor ” é uma região urbana com temperaturas mais altas do que as de regiões rurais em seu entorno. Com o crescimento dos centros urbanos e a verticalização das cidades, surge um fenômeno climático conhecido como “Ilhas de Calor” ou “Ilhas de Calor Urbano”. À medida que asfaltos, estradas, avenidas e prédios dão lugar aos terrenos abertos e a vegetação, o ambiente que antes era úmido e permeável torna-se seco e impermeável. (CA2)

Adaptação Baseada em Ecossistemas

A adaptação à mudança do clima baseada em ecossistemas (AbE) é uma abordagem que utiliza a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos para ajudar as pessoas a se adaptarem aos impactos da mudança do clima como parte de uma estratégia maior de adaptação. (Gov)

Gases de Efeito Estufa e Fontes de Emissão

São os principais gases que contribuem para o aumento do efeito estufa. São eles: CO2 (dióxido de carbono), CH4 (metano), N2O (óxido nitroso), CFCs (clorofluorocarbonos), O3 (ozônio) e H2O (vapor de água).

Inventário de Carbono

O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) ou Inventário de Carbono é um documento que permite o mapeamento, quantificação e registro das fontes de emissão de GEE de uma atividade, setor, organização ou local. É dividido entre emissões diretas (escopo 1: provenientes de fontes que pertencem ou são controladas pela entidade inventariante) e indiretas (escopos 2 e 3: ligadas ao consumo de energia e fontes de emissão de responsabilidade externa, respectivamente). Além das fontes de emissão de GEE, o relatório identifica tipos de gases, metas, compromissos, estratégias de mitigação, ferramentas de gestão empregadas, entre outros pontos. (Way Carbon)

Acordo de Paris

O Acordo de Paris é um tratado global, adotado em dezembro de 2015 pelos países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, acrônimo em inglês), durante a 21ª Conferência das Partes (COP21). e tem por objetivos fortalecer a resposta à ameaça da mudança do clima e reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos gerados por essa mudança. Grande parte dos países se comprometeram a "manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, e a dar continuidade aos esforços para limitar esse aumento de temperatura a 1,5°C". (Gov)Pesquisas conduzidas por cientistas da Austrália, dos Estados Unidos e de Porto Rico, sugerem que a Terra estaria 1,7ºC mais quente em 2022 do que estava nos níveis pré-industriais. (Veja mais: https://www.nature.com/articles/d41586-024-00281-8)

Protocolo de Kyoto

Foi o primeiro tratado internacional para controle da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. Entre as metas, o protocolo estabelecia a redução de 5,2%, em relação a 1990, na emissão de poluentes, principalmente por parte dos países industrializados. (Senado Federal)